Deputado destaca ACM Neto e João Roma como principais nomes para 2026 e defende perfil que represente o interior baiano.

Durante participação no podcast PolitiQuestion, o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) fez análise sobre os possíveis cenários eleitorais da Bahia em 2026, ressaltando a importância de nomes que dialoguem com o interior do estado e fortaleçam a estratégia de oposição.
Em um dos trechos mais relevantes, o parlamentar listou os principais pré-candidatos da direita: “Tem duas pessoas hoje que têm uma representatividade boa no nosso lado, que é o Neto puxando a cabeça, não tenho dúvida disso.” Ele incluiu, ainda, o nome do ex-ministro da Cidadania: “João Roma […] tem uma representatividade com a direita, tem uma ligação com o Bolsonaro.”
Para Sanches, a unidade da oposição deve ir além da capital e contemplar a força do interior baiano: “A gente vai precisar de uma representação do interior. […] Um candidato nosso tem que ter a cara do interior.”
Esse posicionamento vem em linha com a estratégia do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que já promove pesquisas amplas para aferir seu palanque em todo o estado. Levantamentos recentes, como o da Paraná Pesquisas, mostram Neto numericamente à frente em cenários estimulados, com até 52‑56% das intenções de voto, contra 27‑30% de Jerônimo Rodrigues (PT).
Aliados de Neto têm buscado consolidar sua liderança na oposição, inclusive fortalecendo alianças com figuras conhecidas, como João Roma (PL). Recentemente, surgiram sinalizações de que a articulação está avançando, com definição de uma possível chapa ampla unindo União Brasil, PL e PP, estratégia vista como forma de romper a hegemonia do PT após duas décadas .
A publicação recente de uma foto em Brasília, em que Alan Sanches aparece ao lado de ACM Neto e João Roma, reforçou os sinais de alinhamento entre os principais nomes da oposição na Bahia. O registro, divulgado nas redes sociais do deputado, foi interpretado como gesto público de unidade rumo às eleições de 2026. Embora os três evitem formalizar qualquer composição neste momento, o encontro reforça a movimentação por uma frente ampla que una União Brasil, PL e outras siglas em torno de um projeto alternativo ao grupo político que comanda o estado há quase duas décadas.

O contexto atual também é marcado por críticas de Neto à repetição de nomes nas candidaturas petistas: segundo o ex-prefeito, é mais fácil “encarar os três do PT”, em referência a Jerônimo, Rui Costa e Jaques Wagner. Essa ofensiva busca questionar a centralização petista e apresentar uma frente renovada.
Com mandato consolidado na Alba e trânsito por todo o estado, Sanches reforçou que a oposição precisa estruturar chapas que se conectem com a diversidade política e social da Bahia. Sua análise coloca em foco o desafio da frente de oposição: construir legados que atraiam desde Salvador até municípios do interior, reforçando a importância de um candidato com identidade interiorana para quebrar a polarização.