Gleisi sai em defesa de Hugo Motta após críticas internas

Ministros do governo questionam força do presidente da Câmara, mas petistas dizem que ele é “fundamental” para aprovar pautas

Gleisi Hoffmann – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), saíram em defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após críticas feitas por ministros do próprio governo Lula sobre sua capacidade de articulação política.

Gleisi afirmou que a condução de Motta tem sido marcada por estabilidade e lealdade institucional.

“O relacionamento do presidente Hugo Motta com o governo do presidente Lula tem se caracterizado por responsabilidade e firmeza nos encaminhamentos acordados em comum”, declarou.

A presidente do PT ainda destacou que Motta tem colaborado na organização das pautas legislativas.

“Ele tem ajudado na construção da pauta legislativa de forma previsível, ouvindo o colégio de líderes e encaminhando suas decisões.”

As declarações foram dadas em meio à repercussão de que Motta teria recuado de compromissos com o governo após pressão de parlamentares e empresários sobre as propostas econômicas discutidas em reunião com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), no último domingo (8). Na ocasião, Motta chegou a dizer que a reunião foi “histórica”, mas depois demonstrou preocupação com a reação do Congresso às medidas.

Em resposta às críticas, Lindbergh reforçou o posicionamento favorável:

“Essa leitura [de que ele tem liderança fraca e não consegue cumprir acordos] é totalmente equivocada. Hugo Motta tem sido uma peça fundamental para ajudar na aprovação de projetos prioritários. Ele não tem faltado ao governo.”

Nos bastidores, ministros afirmam que, diferente de Arthur Lira (PP-AL), que exercia liderança com maior controle da base, Motta ainda enfrenta dificuldades para consolidar acordos e manter apoio. A tensão envolve não apenas a articulação legislativa, mas também o espaço do Republicanos nas decisões do Executivo.

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