Raissa Soares critica Jerônimo e propõe segurança como prioridade

Médica cobra investimentos em efetivo e estrutura e acusa governo baiano de recusar apoio federal no combate às facções.

FOTO: POLITIQUESTION

Em entrevista ao podcast PolitiQuestion, a médica Raissa Soares defendeu mudanças estruturais urgentes na segurança pública da Bahia e acusou o governo Jerônimo Rodrigues (PT) de negligenciar o combate ao crime. Segundo ela, a recusa do estado em aceitar um projeto federal para enfrentamento das facções escancara a falta de prioridade no setor.

O próprio Jerônimo Rodrigues acabou de recusar a ajuda do governo federal para fazer um projeto piloto de acabar com as facções do estado. Isso nas mídias”, disse. Ela atribui a decisão a receios políticos. “Por demonstrar fraqueza, por demonstrar incapacidade de controlar a situação”, afirmou.

Raíssa defende aumento de 30% nos salários dos policiais e mais efetivo em todas as regiões do estado. “Eu tenho que aumentar 30% de salário, eu tenho que realmente aumentar a quantidade de efetivos […] Não é aumentar em algumas unidades ou em alguns mil, é fazer processo seletivo, é fazer concurso público”, declarou.

A médica também criticou o plano de saúde Planserv, que, segundo ela, falha em atender os profissionais da segurança. “É um gerenciamento que é sucateado […] eu estava na pandemia, eu fiz contato com a Planserv […] eu vivi isso.”, afirmou. Ela citou como exemplo a recusa da operadora em credenciar um hospital em Porto Seguro, único da região com capacidade para tratar casos de Covid-19.

Para ela, o modelo atual de gestão estadual prejudica não só a segurança, mas também saúde e educação. “Com certeza a gente deve ter empresas operando no estado há mais de 20 anos […] as mesmas OS […] vencem os mesmos processos licitatórios.”, afirmou.

Raíssa propõe que a Bahia inicie uma “terapia intensiva” com foco em três pilares: segurança, saúde e educação. E arremata: “Eu entendo que [a Bahia] é como um paciente grave, que tá ficando velho e que já tá na UTI precisando de todas as estruturas para tentar salvar a vida dele.”

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