Ex-candidata ao Senado afirma que foi alvo de processo de expulsão por apoiar aliados que não eram os preferidos da legenda.
A médica e ex-candidata ao Senado, Raissa Soares, revelou em entrevista ao podcast PolitiQuestion que foi alvo de um processo de expulsão do Partido Liberal (PL) na Bahia. Segundo ela, o episódio está ligado a disputas internas durante as eleições municipais de 2024 e ao apoio dado a aliados preteridos pela cúpula da legenda.
“Eu chego em casa e me deparo com uma notificação de processo de expulsão”, afirmou Raissa
O processo envolvia ainda o deputado estadual Diego Castro e Alexandre Moreira, candidato apoiado por Raissa na capital. Segundo ela, seu apoio não foi bem recebido pela direção da sigla. “Eu abracei Alexandre Moreira na candidatura dele […] Eu não fiquei distribuindo apoio”, declarou.
Raissa também denunciou que diversas lideranças conservadoras foram excluídas da estrutura partidária e que seus pedidos de diretórios em cidades onde obteve votações expressivas foram ignorados. “eu pedi […] 21 diretórios […] eu nunca recebi diretório nenhum”, disse.
Ainda segundo a médica, as decisões do partido favoreceram determinados nomes, gerando insatisfação entre as bases. O racha se intensificou após a eleição de 2022. “eu fui sendo totalmente escanteada de qualquer discussão, conversa, reunião, diretório, nada era ouvido”, relatou.
Raissa disse que permaneceu no PL por respeito a aliados como o deputado Diego Castro e o capitão Alden, ambos ligados ao conservadorismo. “Foi um gesto de gratidão”, concluiu.
